quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

A lenta agonia do Sercomtel - Por José Antônio Pedriali:

Com o prejuízo da Sercomtel publicado hoje, vale a pena relembrar um texto de meu camarada José Anrônio Pedriali sobre a empresa, publicado no final do ano passado. Apesar de escrever sobre um problema relacionado a licitação, no ano passado, ele é parecido com o atual, quando se refere a falta de competitividade e a gestão pequena que foi feita dessa empresa pública:

A lenta agonia do Sercomtel:

A abertura da telefonia aos grupos privados acendeu uma luz amarela para o Sercomtel, serviço de telefonia controlado pela Prefeitura de Londrina e Copel desde 1998 – antes era exclusivo do município. Foi fundado há 45 anos.
O petista Nedson Micheleti (requiescat in pace) tentou vender o que restava das ações do município, submeteu a proposta a plebiscito, em 2000, mas foi derrotado.
Desde então, a luta do Sercomtel evoca a bíblica parábola de Davi e Golias. Sua funda – produtos e serviços – abre-lhe algum espaço no acirrado mercado telefônico, mas é incapaz de abater o gigante, que cresce e cresce – em clientes, produtos e faturamento. Enquanto isso, a receita do Sercomtel encolhe. Os déficits são continuados.
Uma das armas desse mercado é a publicidade, da qual o Sercomtel está impedida de usar. Por se tratar de uma empresa pública (embora a Copel tenha sócios privados), é obrigada a contratar uma empresa de publicidade por meio de licitação.
É aí que a cobra morde o rabo: há cerca de dois anos o Sercomtel não consegue contratar ninguém, e se não contrata, nada pode divulgar.
Os processos de licitação, realizados na administração do ex-prefeito cassado e por enquanto em liberdade Homero Barbóquio (vade retro) foram embargados ou suspensos por evidente favorecimento à empresa que fez sua campanha eleitoral.
A nova administração tentou um contrato emergencial, mas, por mais que tenha feito tudo às claras – sob orientação do Observatório de Gestão Pública, sindicato local de agências de publicidade e Ministério Público -, o baile foi suspenso por determinação do Sindicato das Agências de Propaganda do Paraná.
Não é possível fazer qualquer campanha este ano. Adeus Natal, adeus Ano Novo de telefone novo Sercomtel.
Até quando irá a lenta, e dolorosa, agonia do Sercomtel?

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

1 ano perdido para conhecer o território?


As explicações dadas pelo secretário da fazenda, ontem, na câmara, sobre o atual retrato financeiro do município, talvez foi a demonstração mais clara de como atual gestão estava despreparada para o atual cenário.

Esperava economizar 30% do orçamento para não terminar no vermelho, isso não foi possível e é previsto saldo negativo de 4 milhões reais no balanço anual (Paiquerê AM).

Durante ou mesmo após a campanha não foi publicado um plano de saneamento dos gastos ou mesmo o atendimento a questões mais urgentes.

Só quando o prefeito Alexandre Kireeff chegou na prefeitura que essas questões saltaram os olhos.

Outra mensagem que o secretário também deixou nas entrelinhas, devido ao problema de caixa, não será possível executar muitos planos no primeiro ano.

Já que ele não fez esses planos antes, espero com o conhecimento da atual realidade da prefeitura, Kireeff apresente os planos que Londrina e região precisam para reestruturar os serviços públicos e um desenvolvimento durável.

Para que possamos voltar a ser uma região tão competitiva quanto o vale do Itajaí, que nos passou desde há mais de uma década.



terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Projeto que não condiz com a ideia do Arco Norte.


O Arco Norte trata-se de consórcio entre cidades do norte do Paraná e empresários para formar uma pauta de cooperação e desenvolvimento regional, excelente ideia (mais informações aqui).

Contudo, a idéia do fazer um aeroporto perto da Mata do Godoy, sem dúvida, é uma ideia que não é possível identificar tanto respaldo jurídico e técnico quanto é necessário.

Como fazer um aeroporto de cargas num lugar desses? A área não permite empreendimentos grandes (segundo parte da recomendação publicada no JL). 

O que já inviabiliza qualquer aeroporto de cargas, pois que será exigido de um projeto desse uma, no mínimo, pista extensa para o pouso de aeronaves pesadas. 

A promotora, segundo informações da imprensa, citou a falta de licenciamento ambiental e de estudos de impacto ambiental para a obra (Bonde).

Faltou dizer ainda, que é necessária autorização do ministério da defesa, que controla todo o tráfego aéreo brasileiro. E me pergunto se em Brasília esse projeto seria aceito...

Será que é esse o projeto que integrará o arco norte? Não é possível que um mega projeto desse tenha um respaldo tão superficial.



domingo, 24 de fevereiro de 2013

A energia sustentável


A China é contraditória. É um dos maiores poluidores do mundo é, ao mesmo tempo, maior produtor de energia sustentável do mundo.

Ao contrário do Brasil, que sempre colocou a energia sustentável como de 5 categoria, refletida pelas frases da presidente Dilma Russeff em que “não pode se estocar vento”.

Na Dinamarca é em torno de 25%. E agora com sua produção energia eólica, a China conseguiu produzir mais do que sua energia nuclear.

Isso mostra que é possível, independente do tamanho produzir energia sustentável com sucesso.

Mais detalhes, vejam a reportagem da Revista National Geographic:

A China instalou mais de um terço das turbinas eólicas no mundo em 2012 e está a caminho de bater a meta governamental de geração de 100 gigawatts de 2015 um ano antes, de acordo com dados da Bloomberg New Energy Finance (BNEF).

Em 2012, fazendas eólicas geraram 2% a mais de eletricidade que as usinas nucleares, uma diferença que deverá aumentar dramaticamente nos próximos anos. Desde 2007, a geração de energia nucleartem crescido 10% ao ano, comparada ao explosivo crescimento da energia eólica de 80% ao ano.

A energia eólica na China agora responde por 5,3% da capacidade de geração do país e fornece cerca de 2% de sua eletricidade, ficando ainda atrás de usinas a carvão e hidroelétricas.
Para mais informações, continue na página da National Geographic.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Greve relâmpago.


Acabou a greve dos trabalhadores das empresas de transporte urbano. O prefeito Alexandre Kireeff interviu na discussão, e resolveram aumentar a proposta de reajuste para 10%

Em entrevista concedida, o diretor do sindicato estava, como diz os jovens, pianinho (CBN Londrina).

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Greve radical!


Logo após ser declarado a aumento na passagem de ônibus, os trabalhadores que estavam indicaram que poderia ocorrer greve hoje, não aceitaram as condições do acordo oferecido e pararam (Jornal de Londrina).

Greve total. Segundo informações da imprensa, o sindicato quer rejauste de salarial em 6%, 13% no ticket alimentação, no valor de R$ 200 mensais, e plano de saúde (O Diário).

Quanto ao procedimento da greve, esse blog opina ser ilegal e abusiva.* E sem muitas dificuldades. Embora a Constituição Federal garanta o direito de greve, esse deve ser exercido de acordo com a lei. 

Neste caso, como o transporte público é um serviço essencial, o sindicato deveria avisar os empregadores (empresas) e usuários (população em geral) com 72 horas de antecedência. (Artigo 10, inciso 5 e artigo 13 da Lei de greve).  

No caso do transporte público os empregadores e o sindicato devem indicar os veículos necessários que funcionarão durante a greve. (Decisão do Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais).

No que diz respeito a reclamação dos trabalhadores, o empregador não pode negociar livremente, pois, ele presta serviço graças ao contrato de concessão. Tudo isso agravado por populismo de gestões passadas, que fizeram o reajuste da tarifa durante 24 meses, e isso acarretou todos esses custos.

Espera-se, dessa forma, que os empregados cedam em um acordo com ganhos parcelados com tempo, pois que com uma posição radical e no imediatismo Londrina toda perderá, inclusive os trabalhadores.

Atualização: Em medida liminar, a juíza da 4 vara do trabalho determina que ao menos 50% da frota deve retornar a circulação, sem qualquer impedimento e com multa pesada. Segundo infomarções do jornalista Cláudio Ósti, o sindicato deu de ombros e diz que vai suportar a multa...vamos ver até quando.
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*Trata-se de mera opinião desde blogueiro, pois o judiciário que deverá reconhecer se é ilegal ou não, depois de declarada a greve.
Foto: Fábio Silveira, Jornal de Londrina.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Governador? De Curitiba!

A visita do governador Beto Richa à Londrina demonstrou que ele e seu antecessor Jaime Lerner têm um traço em comum: São bons governadores...de Curitiba.

Para contextualizar, o governador Richa repassou subsídio a prefeitura de Curitiba para manter a tarifa de R$ 2,60, em ano eleitoral.  (Gazeta do Povo).

Não é que o prefeito de Londrina e outros do Paraná não querem a mesma coisa? E qual foi sua resposta? Primeiro tem que ter estudos da secretária da fazenda. OK! (Bonde).

Mas quando perguntado sobre o assunto o secretário Luís Carlos Hauly disse que para Curitiba não teve nenhum estudo (CBN Londrina).

Outra questão que Beto Richa foi questionado é sobre a duplicação da PR 445 de Setanópolis à Mauá da Serra. E de novo ele saiu como bagre ensaboado: Disse que a prioridade é o perímetro urbano de Londrina e Cambé e se pensarmos bem, todas as rodovias do Paraná precisam de duplicação (Paiquerê AM).

OK (2). Mas a lógica foi oposta quando ele se esforçou para trazer o metrô para Curitiba, meio de transporte que vai na contramão do planejamento urbano da capital.

Em resumo, prefeitos do Paraná não esperem muito, pois o governandor de Curitiba não é muito solidário ao interior.


segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Ah Non! De novo contratos emergenciais...


O município realizou contratos emergenciais para sanar problemas com licitações relacionadas a merenda e ao transporte rural.

Segundo o núcleo de comunicação da prefeitura primeira licitação não tivesse nenhuma empresa que se enquadrasse nas condições apresentadas e a segunda com problemas na planilha.

Contudo tudo isso poderia ser evitado se o prefeito tivesse uma equipe montada antes da eleições, conhecesse os problemas mais a fundo realizarem programas detalhados para solucionar os problemas.

Ainda mais com pepinos como esses da merenda e do transporte escolar rural que já tinham polêmicas nas administrações passadas.

Agora os serviços são mais caros para o município e de uma qualidade aquém do necessário, já que no contrato emergencial as empresas fazem os serviços no improviso, ao menos no começo (CBN Londrina).

Apesar desses contratos terem a cara da administração Barbosa Neto (que n’importe quoi a produit ça ville!) Kireeff já demonstrou ter um estilo diferenciado que por enquanto busca respeitar a legalidade.

Mas sua falta de planejamento prévio deixa traços das gestões anteriores.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Deveres e transparência na fiscalização.


Após o incêncio da boate Kiss, em Santa Maria, municípios em vários lugares do Brasil apertaram a fiscalização contra este estabelecimento.

Em Londrina a fiscalização causou polêmica. A ACIL respondeu de forma ríspida aos procedimentos usados pela fiscalização, em nota da própria.

As vistorias periódicas nos bares e boates são mais do que deveres do estado, pois ninguém monta uma boate e funciona como quiser. Depende sempre de autorizações e está restrito a normas urbanas.

Contudo o que falta em Londrina é clareza. Ao mesmo tempo que o empresário não pode fazer o que quer, o município tem que deixar claro como vai fiscalizar e ele mesmo não é imune as normas de procedimento.

E isto não está muito claro. Tanto é dessa maneira que até a promotora do meio ambiente questionou os procedimentos contraditórios, segundo o Diário.

Assim, a ação da fiscalização deveria dar ao menos, os principais caminhos a serem seguidos pelos fiscais.


Chá das cinco retorna.


Aos navegantes, peço desculpas por não ter atualizado este blog durante o mês de janeiro.
Este blog, ao contrário que alguns podem pensar não foi só para eleições.
Ao contrário, está na ativa.
O blogueiro apenas tirou férias sem aviso.
Agora ele volta e óbvio, não no mesmo ritmo de montanha russa que estava à política londrinense.
Mas sempre atento e vigilante a política local.